Startup espanhola Multiverse capta €189 milhões para revolucionar eficiência em inteligência artificial

A startup espanhola Multiverse Computing anunciou nesta quarta-feira (12) a captação de €189 milhões (cerca de US$ 217 milhões) em uma nova rodada de investimentos, destinada ao desenvolvimento de tecnologia de compressão de modelos de inteligência artificial. A empresa, sediada em San Sebastián, no País Basco, é considerada uma das líderes emergentes em computação quântica e IA aplicada na Europa.

O objetivo da tecnologia é reduzir em até 95% o tamanho de grandes modelos de IA, mantendo sua performance e precisão. Segundo a Multiverse, a compressão pode gerar economias de até 80% em custos computacionais e de energia, tornando a operação de sistemas de IA mais sustentável e acessível – um avanço estratégico num momento em que empresas enfrentam crescentes pressões por eficiência energética e redução de carbono.

O aporte será usado para expandir equipes de engenharia e acelerar a aplicação da compressão em setores como finanças, saúde, logística e segurança cibernética. A tecnologia também é vista como solução para aplicações de IA em dispositivos com capacidade limitada, como celulares, drones e sensores industriais.

O CEO da Multiverse, Enrique Lizaso, afirmou que a empresa pretende democratizar o acesso à inteligência artificial de ponta, oferecendo alternativas viáveis aos modelos gigantescos que exigem centros de dados altamente especializados. “Nosso foco é viabilizar IA eficiente e ética em escala global”, declarou.

A rodada de financiamento foi liderada por fundos europeus de inovação e capital de risco, incluindo o European Innovation Council. A Multiverse, fundada em 2019, já atua com grandes instituições bancárias e universidades, e sua tecnologia é compatível com sistemas clássicos e quânticos – o que amplia seu potencial de aplicação nos próximos anos.

Especialistas veem a iniciativa como sinal da maturação do ecossistema europeu de IA e da busca por soluções mais econômicas e ambientalmente viáveis para a próxima fase da transformação digital.

FONTE: rertus.com