Durante sua participação na conferência internacional VivaTech, realizada nesta quarta-feira (12) na capital francesa, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que a computação quântica chegou a um “ponto de inflexão”, sinalizando o início de uma nova fase de viabilidade prática para a tecnologia. A declaração ocorreu em meio à apresentação de novos investimentos em pesquisa e colaborações com instituições de ponta como Harvard e MIT.
Segundo Huang, o desenvolvimento recente de algoritmos híbridos – que combinam processamento quântico e clássico – permitirá resolver problemas até então inviáveis para os atuais sistemas de inteligência artificial. “Estamos próximos de ultrapassar barreiras computacionais que limitam o desempenho dos modelos mais avançados. A computação quântica nos dará escala e profundidade inéditas”, disse o executivo.
Como parte da estratégia de aceleração tecnológica, a Nvidia anunciou a criação de um novo centro de pesquisa em Boston, voltado exclusivamente à exploração de aplicações quânticas para áreas como modelagem molecular, criptografia, energia e IA avançada. O laboratório funcionará em parceria com universidades norte-americanas e startups especializadas.
A empresa, líder global em chips gráficos e aceleradores de IA, vem investindo pesadamente na diversificação de seus negócios, mirando agora o cruzamento entre computação quântica e inteligência artificial, uma das fronteiras mais promissoras da tecnologia atual.
Analistas consideram que o posicionamento da Nvidia reforça o momento de transição da computação quântica do estágio teórico para aplicações reais, embora ainda restritas a ambientes de pesquisa e setores altamente especializados. A movimentação da empresa é vista como uma tentativa de liderar a corrida pela próxima geração de infraestrutura computacional, num cenário global competitivo e de rápido avanço.
A conferência VivaTech, que reúne gigantes da tecnologia e startups inovadoras, tem servido como palco para anúncios estratégicos em áreas como IA, sustentabilidade, telecomunicações e saúde digital.
FONTE: rertus.com