Macau registra primeiro golpe com uso de deepfake e acende alerta sobre crimes digitais com IA

Tecnologia1 week ago

As autoridades de Macau investigam o primeiro caso confirmado de golpe envolvendo o uso da tecnologia de deepfake, um recurso que utiliza inteligência artificial para manipular vídeos e áudios de forma realista. O incidente, revelado nesta quarta-feira (28), envolveu criminosos que se passaram por uma celebridade local para aplicar um esquema fraudulento que resultou em prejuízo financeiro a vítimas locais.

De acordo com o Gabinete de Segurança do governo de Macau, os golpistas utilizaram vídeos adulterados com rostos e vozes falsificadas para se comunicar com as vítimas, convencendo-as a realizar transferências bancárias sob falsas promessas de investimentos e promoções. A tecnologia empregada foi capaz de simular com precisão trejeitos, entonações e expressões faciais da personalidade-alvo.

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, classificou o episódio como “um marco preocupante na evolução dos crimes digitais” e garantiu que o governo vai intensificar os esforços para combater esse tipo de golpe. Entre as medidas anunciadas estão campanhas de conscientização pública, capacitação das forças de segurança em tecnologias forenses e reforço na legislação para punir o uso criminoso de IA.

Casos de deepfakes usados em fraudes vêm aumentando globalmente, com registros em países como Estados Unidos, Reino Unido e China. Especialistas alertam que o avanço dessa tecnologia representa um desafio significativo para autoridades de segurança e para a população, especialmente quando combinada com estratégias de engenharia social.

Organismos internacionais, como a Interpol, já alertaram para o crescimento de golpes envolvendo IA, destacando a necessidade de normas éticas e regulamentações específicas para coibir abusos.

As autoridades de Macau pedem que cidadãos fiquem atentos a mensagens de vídeo ou áudio não solicitadas e que desconfiem de solicitações financeiras, mesmo quando feitas por figuras conhecidas. O caso segue em investigação e pode abrir precedentes para legislações futuras sobre o uso responsável da inteligência artificial.

FONTE: GOV.MO

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