Índia celebra 10 anos do programa Digital India e destaca revolução tecnológica nacional

O governo da Índia comemorou nesta segunda-feira (1º) os 10 anos do programa Digital India, uma das maiores iniciativas de transformação digital já realizadas por um país em desenvolvimento. Em discurso transmitido nacionalmente, o primeiro-ministro Narendra Modi afirmou que a digitalização do país se tornou uma “movimentação popular”, que revolucionou o acesso a serviços públicos, educação, saúde e finanças em todas as regiões — incluindo áreas rurais e remotas.

Lançado em 1º de julho de 2015, o Digital India foi concebido como um plano para expandir infraestrutura digital, democratizar o acesso à internet e criar um ecossistema nacional de inovação tecnológica. Entre os principais marcos do programa estão a expansão da banda larga para vilarejos, o fortalecimento da identificação digital Aadhaar, a popularização do sistema de pagamentos instantâneos UPI, e a massificação de serviços públicos online.

De acordo com dados oficiais, a Índia instalou fibra ótica em mais de 200 mil panchayats (conselhos de aldeia), conectando mais de 700 milhões de pessoas a serviços digitais. O sistema Aadhaar, que hoje abrange mais de 1,3 bilhão de cidadãos, viabiliza autenticação para serviços bancários, subsídios e programas sociais, enquanto o UPI se consolidou como um dos mais avançados sistemas de pagamento digital do mundo.

O premiê Modi destacou que a inclusão digital também impulsionou o empreendedorismo, com o surgimento de milhares de startups, sobretudo nas áreas de educação, saúde, agrotech e governo eletrônico. “Transformamos a Índia de uma economia digital emergente em uma potência global de tecnologia cívica”, declarou.

Especialistas internacionais consideram o Digital India um modelo de políticas públicas digitais, com impacto direto na redução da burocracia, aumento da transparência governamental e empoderamento de populações marginalizadas. Ainda assim, há desafios — como garantir cibersegurança, proteger dados pessoais e combater a exclusão digital residual.

FONTE: timesofindia.indiatimes.com