O Departamento de Energia dos Estados Unidos revelou, nesta sexta-feira (30), o desenvolvimento de um novo supercomputador de alto desempenho batizado de “Doudna”, em homenagem à bioquímica Jennifer Doudna, laureada com o Prêmio Nobel por sua contribuição à técnica de edição genética CRISPR.
O equipamento será instalado no Laboratório Nacional de Berkeley, na Califórnia, e promete revolucionar a capacidade computacional disponível para pesquisadores em áreas estratégicas como inteligência artificial, genômica, química, física e defesa cibernética. O projeto é fruto de uma parceria entre o governo norte-americano e as empresas Nvidia e Dell Technologies.
O “Doudna” será equipado com os mais recentes chips de IA da Nvidia, da série “Vera Rubin”, e utilizará servidores com resfriamento líquido desenvolvidos pela Dell, permitindo maior eficiência energética e poder de processamento. Segundo os idealizadores, o sistema terá capacidade para executar trilhões de operações por segundo e será voltado à modelagem computacional de processos biológicos complexos, simulações climáticas e desenvolvimento de algoritmos avançados de IA.
A iniciativa é vista como estratégica em meio à corrida global por liderança em computação de alto desempenho, especialmente frente à expansão tecnológica da China e ao fortalecimento de sistemas nacionais de inovação. O investimento também reforça o papel dos laboratórios federais norte-americanos como centros de pesquisa de ponta e infraestrutura crítica.
O supercomputador deve entrar em operação até 2026, integrando o ecossistema de máquinas exaescala dos EUA, como os já ativos “Frontier” e “Aurora”.
FONTE: Reuters