A Conferência Global de Tecnologia do Bank of America (BofA), encerrada nesta segunda-feira, reforçou uma tendência que já molda os rumos da economia digital: a inteligência artificial (IA) e os semicondutores seguem no centro das prioridades estratégicas das maiores empresas de tecnologia do planeta.
O evento, realizado na Califórnia, reuniu executivos de gigantes como Nvidia, Intel, Google, Microsoft, TSMC e startups emergentes do setor quântico, para discutir os rumos da inovação em meio a um cenário de alta competitividade e incertezas geopolíticas.
A grande tônica da conferência foi o papel da IA generativa — com destaque para sua aplicação em automação de processos empresariais, atendimento ao cliente, saúde e engenharia — e o crescimento exponencial da demanda por chips de alto desempenho, essenciais para treinar e executar esses sistemas.
“Vivemos uma nova corrida tecnológica. As empresas que dominarem o ciclo da IA — dados, processamento e aplicação — vão definir a próxima década”, afirmou Lisa Su, CEO da AMD, em um dos painéis principais.
Ao mesmo tempo, participantes alertaram para os riscos de concentração de mercado e gargalos na cadeia global de semicondutores, especialmente diante das tensões entre Estados Unidos e China e da dependência de fabricantes asiáticos.
Outro ponto relevante foi o destaque à segurança cibernética e sustentabilidade energética dos data centers. Executivos defenderam políticas públicas que incentivem o uso de chips mais eficientes e fontes renováveis de energia, dada a crescente demanda computacional das redes neurais de larga escala.
Apesar das incertezas macroeconômicas, a conferência projetou um crescimento de dois dígitos no investimento em IA, semicondutores e infraestrutura digital até 2027, reforçando que os setores seguem resilientes e estratégicos para governos e investidores.
FONTE: investing.com