A empresa europeia Sateliot anunciou o lançamento iminente de uma nova constelação de satélites de órbita baixa (LEO) voltados à Internet das Coisas (IoT) no Brasil, como parte de sua estratégia de expansão na América Latina. A medida visa integrar redes terrestres e satelitais para oferecer cobertura global em tempo real, com foco em áreas remotas e aplicações industriais.
Segundo a Sateliot, os novos satélites utilizarão o protocolo NB-IoT (Narrowband-IoT), padrão adotado por operadoras de telecomunicações e ideal para dispositivos de baixa energia e grande alcance. A tecnologia permitirá conectar desde sensores agrícolas e dispositivos ambientais até rastreadores logísticos e instrumentos de monitoramento urbano — sem necessidade de torres ou redes terrestres.
O CEO da Sateliot, Jaume Sanpera, afirmou que a América Latina, e em especial o Brasil, “possui um vasto território com baixa cobertura de rede e grande demanda por soluções de conectividade em agricultura, logística e infraestrutura crítica”. O lançamento faz parte de um plano global que prevê até 250 satélites nos próximos anos.
O Brasil já se destaca como mercado prioritário para tecnologias emergentes no agronegócio, sendo uma das nações mais interessadas em integrar inteligência artificial, geolocalização e automação à produção rural. Com os novos satélites, produtores poderão monitorar safras, irrigação e solo com mais precisão — mesmo em áreas sem sinal de celular.
Especialistas apontam que a conectividade via satélite será decisiva para impulsionar a digitalização de cadeias produtivas e garantir competitividade global, especialmente em um país continental como o Brasil. A entrada da Sateliot intensifica a corrida pela liderança em infraestrutura de IoT e reforça o papel estratégico da região na nova economia digital.