O Brasil assumiu oficialmente a presidência da Parceria Internacional para o Hidrogênio e Pilhas a Combustível (IPHE), uma das principais articulações globais voltadas ao avanço de tecnologias limpas e sustentáveis. A confirmação foi feita pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que vê na liderança uma oportunidade estratégica para consolidar o país como referência internacional no desenvolvimento do hidrogênio verde.
A IPHE reúne 21 países e a Comissão Europeia em torno de políticas colaborativas para fomentar pesquisa, inovação e aplicação de soluções em hidrogênio e células a combustível — insumos considerados centrais na transição energética global e na descarbonização da economia.
“Essa presidência reforça o papel do Brasil como uma potência em energia limpa. Temos uma matriz majoritariamente renovável e potencial único para produzir hidrogênio verde com competitividade”, afirmou a ministra Luciana Santos.
O Brasil tem se destacado por sua capacidade de gerar energia a partir de fontes como etanol, solar e eólica, o que posiciona o país entre os mais promissores na cadeia internacional de produção e exportação de hidrogênio sustentável. Segundo o MCTI, o foco da gestão brasileira será promover transferência tecnológica, cooperação científica e atração de investimentos para ampliar a presença da tecnologia no mercado interno.
A presidência brasileira prevê a realização de encontros técnicos, a criação de centros de pesquisa e a elaboração de diretrizes comuns para certificação e regulação do hidrogênio. A agenda também inclui apoio à capacitação profissional e à inserção de pequenas e médias empresas no setor.
A medida é considerada um passo estratégico para a política industrial e ambiental brasileira, fortalecendo a diplomacia científica e ampliando a presença do país nas cadeias globais de valor em energia limpa.
FONTE: gov.br