Com a escalada das tensões geopolíticas e o aumento expressivo de ataques cibernéticos em setores estratégicos, empresas de cibersegurança com foco em inteligência artificial estão ganhando destaque no radar de investidores globais. Plataformas como Palo Alto Networks, CrowdStrike, Fortinet e SentinelOne foram apontadas como potenciais protagonistas de um novo ciclo de valorização no mercado financeiro.
Segundo relatório da empresa de análise Wedbush Securities, há uma “tempestade perfeita” formada pela expansão do uso de IA generativa, vulnerabilidades críticas em infraestruturas nacionais e a crescente sofisticação de grupos hackers, o que cria demanda sem precedentes por soluções de defesa digital autônoma e preditiva.
A atenção se intensificou após ataques cibernéticos recentes vinculados a grupos ligados ao Irã e à Rússia, que expuseram fragilidades até mesmo em redes governamentais ocidentais. Empresas do setor estão, portanto, sendo avaliadas não apenas como prestadoras de serviço, mas como ativos estratégicos na segurança nacional e na soberania digital.
Para analistas, a consolidação do modelo “zero-trust”, em que nenhum acesso é automaticamente confiável, deve se tornar o padrão corporativo nos próximos anos. “Cibersegurança deixou de ser uma opção e passou a ser parte da infraestrutura crítica de qualquer nação ou organização”, afirma Dan Ives, analista da Wedbush.
O setor, que movimenta bilhões anualmente, pode se tornar um dos grandes motores da economia digital global — especialmente se as legislações internacionais caminharem para exigir padrões mínimos de defesa para plataformas baseadas em IA.
FONTE: businessinsider.com