Iniciativas de reflorestamento ganham impulso no Brasil com o apoio de tecnologia de modelagem ecológica, rastreabilidade e inteligência territorial aplicadas à produção de cacau e café. O projeto, liderado pela startup re.green em parceria com multinacionais como Nestlé e Barry Callebaut, tem como meta recuperar áreas degradadas em regiões produtoras com enfoque ambiental e produtivo.
O modelo propõe a criação de florestas produtivas e biodiversas, aliando preservação ambiental com geração de renda para agricultores familiares. A tecnologia empregada permite identificar áreas prioritárias para restauração, simular cenários climáticos e selecionar espécies nativas com valor comercial e ecológico. Os dados são integrados por plataformas de georreferenciamento e inteligência artificial.
Segundo a re.green, o diferencial do projeto está no uso de sistemas digitais de planejamento agroflorestal que cruzam dados de solo, clima e uso da terra. “A floresta se torna um ativo de valor, não apenas para o carbono, mas para a produção de alimentos sustentáveis”, explica Paula Costa, diretora de operações da startup.
A Nestlé, por sua vez, vê na iniciativa uma resposta concreta às exigências de sustentabilidade e rastreabilidade em suas cadeias globais. A empresa busca ampliar a oferta de cacau e café cultivados sob padrões regenerativos, alinhados às metas de neutralidade de carbono e responsabilidade socioambiental.
O projeto-piloto já cobre áreas na Bahia, Espírito Santo e Rondônia, com previsão de expansão para outros estados amazônicos e da Mata Atlântica. A meta é restaurar até 30 mil hectares até 2030, combinando produção agrícola e regeneração ambiental.
FONTE: portaldoagro.com