Óculos inteligentes com IA prometem transformar cotidiano e disputam atenção do mercado global

A corrida pela próxima grande revolução tecnológica já tem um novo protagonista: os óculos inteligentes com inteligência artificial integrada. Gigantes como Meta, Alibaba, Amazon e startups emergentes vêm investindo pesado em dispositivos que prometem ser mais do que acessórios tecnológicos — a promessa é de um novo tipo de interação com o mundo digital, natural e constante.

O diferencial desses novos dispositivos está na incorporação de assistentes de IA generativa, capazes de realizar traduções instantâneas, descrever ambientes, ler mensagens em tempo real, sugerir rotas, responder perguntas e até mesmo registrar anotações por comandos de voz ou olhar. O usuário se conecta ao conteúdo digital sem precisar tocar em telas, com resposta imediata e contextual.

A Meta, por exemplo, anunciou o lançamento de uma nova geração dos seus Ray-Ban Meta Smart Glasses, agora com o assistente de IA da empresa embarcado. Já a gigante chinesa Alibaba lançou, via sua plataforma Quark, uma versão voltada ao público acadêmico e profissional, que permite consulta a bancos de dados, resumos de textos e tradução multilíngue — tudo projetado nas lentes ou em áudio direto para o usuário.

“A era do smartphone dominante pode estar perto do fim”, declarou o analista de tendências Mark Libowitz, da FutureTech Global. “A computação vestível, impulsionada por IA, quer ocupar o lugar dos dispositivos de bolso, oferecendo conveniência sem atrito”.

Especialistas veem os smart glasses como a porta de entrada para um novo ciclo de tecnologia pessoal, com uso intenso de visão computacional e inteligência contextual. No entanto, o avanço também levanta preocupações sobre privacidade, uso de câmeras embutidas, reconhecimento facial e coleta de dados em tempo real — o que pode exigir regulação específica.

Apesar de ainda enfrentarem desafios como custo, design discreto e autonomia de bateria, os novos lançamentos indicam que a tecnologia vestível com IA pode, em breve, deixar de ser nicho e se tornar item de consumo de massa.

FONTE: cbsnews.com