
A fabricante de chips NVIDIA surpreendeu o mercado ao divulgar, nesta semana, um resultado financeiro acima das projeções para o terceiro trimestre de 2025, impulsionado pela forte demanda por processadores voltados à inteligência artificial (IA). A notícia provocou alta imediata nas ações da empresa, com valorização superior a 12% na Nasdaq.
Segundo o balanço divulgado pela companhia, a receita trimestral foi de US$ 18,4 bilhões, crescimento de 28% em relação ao mesmo período de 2024. O destaque foi a divisão de Data Centers, que respondeu por mais da metade do faturamento, refletindo a corrida global por infraestrutura para suportar modelos avançados de IA generativa e sistemas de aprendizado profundo.
“O mundo está adotando a inteligência artificial em uma velocidade sem precedentes, e a NVIDIA está no centro dessa transformação”, afirmou o CEO Jensen Huang em coletiva com investidores. Ele também anunciou novos contratos com empresas de tecnologia, pesquisa e governos que pretendem escalar seus sistemas com os chips desenvolvidos pela empresa.
A reação positiva da bolsa confirma a posição da NVIDIA como uma das companhias mais valorizadas do setor de tecnologia em 2025, reforçando seu protagonismo na chamada nova revolução industrial digital. No entanto, o desempenho também acendeu alertas sobre uma possível supervalorização do setor de IA.
Alguns analistas têm comparado o atual momento ao período das “pontocom” nos anos 2000, com avaliações consideradas elevadas demais para empresas cujos produtos ainda enfrentam obstáculos de escala e maturação. “Há um entusiasmo legítimo, mas é preciso monitorar os fundamentos. Nem toda empresa que surfa na onda da IA vai entregar resultados sustentáveis”, pondera Karen Zhu, da Stanford Capital Research.
Ainda assim, a performance da NVIDIA consolida uma tendência clara: a inteligência artificial não é mais uma aposta futura, mas sim o motor atual da inovação tecnológica global — e a NVIDIA, até aqui, lidera essa corrida.
FONTE: investingnews.com