A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, apresentou nesta semana sua nova geração de óculos inteligentes com funcionalidades integradas de inteligência artificial. O lançamento marca o retorno da companhia ao setor de wearables com foco em realidade aumentada e assistentes virtuais, posicionando-se para competir com outras big techs na corrida por interfaces mais imersivas e intuitivas.
O dispositivo, batizado de Meta View, incorpora um display transparente que permite ao usuário visualizar informações em tempo real, como mensagens, mapas e traduções instantâneas. Além disso, os óculos contam com microfone embutido, câmera de alta resolução e integração total com o assistente de IA da empresa, capaz de responder comandos de voz, sugerir ações e realizar tarefas simples com base em contexto.
O controle do aparelho é feito por meio de uma pulseira sensorial que interpreta gestos e sinais elétricos do pulso, dispensando toques físicos no dispositivo. Essa funcionalidade coloca o Meta View na vanguarda do que Mark Zuckerberg vem chamando de “computação invisível” — uma experiência digital contínua e integrada ao ambiente físico.
Segundo analistas de mercado, a expectativa é de que mais de 5 milhões de unidades do novo dispositivo sejam comercializadas até o final do ano. O volume representa um avanço considerável no mercado global de óculos inteligentes, até então marcado por tentativas comerciais modestas e grande resistência do consumidor.
Especialistas destacam que a Meta busca reposicionar seu portfólio após quedas de receita em segmentos tradicionais e dificuldades com seus projetos de metaverso. A aposta em dispositivos com IA embarcada reflete uma mudança de foco em direção à produtividade e à acessibilidade cotidiana da tecnologia.
Concorrentes como Apple, Google e Samsung também investem em produtos similares, indicando que os óculos inteligentes podem voltar ao centro das inovações tecnológicas a partir de 2025, agora impulsionados por avanços concretos em inteligência artificial generativa e computação contextual.
FONTE: ft.com