Em meio à corrida global pela liderança em inteligência artificial, a Meta, controladora do Facebook, redireciona seus esforços para o desenvolvimento de tecnologias de superinteligência artificial (AGI). A estratégia, anunciada como uma das mais ousadas da história recente da empresa, envolve investimentos bilionários em equipes de engenharia, laboratórios de pesquisa e infraestrutura computacional. No entanto, analistas e investidores demonstram ceticismo quanto à viabilidade financeira de curto prazo do projeto.
Segundo reportagem da Reuters, a Meta já incorporou sua divisão de IA generativa ao laboratório FAIR (Facebook AI Research), com foco total em algoritmos avançados capazes de raciocinar, aprender e operar de forma autônoma — uma visão que aproxima a empresa de concorrentes como OpenAI, Google DeepMind e Anthropic.
Apesar do entusiasmo de Mark Zuckerberg com o futuro da IA, o mercado financeiro começa a questionar a falta de clareza sobre o retorno prático e monetizável dessas tecnologias. Diferente dos ganhos imediatos com publicidade ou redes sociais, os frutos de uma IA superinteligente podem levar anos — ou até décadas — para se materializar.
“A Meta aposta numa corrida de longo prazo, mas o custo é altíssimo e os investidores ainda esperam resultados tangíveis”, afirmou Megan Liu, analista da Evercore ISI. Até o momento, a IA generativa tem apresentado grande potencial em eficiência e criatividade, mas segue limitada em escalabilidade e monetização direta.
Internamente, a empresa já iniciou uma “guerra por talentos”, oferecendo salários milionários e pacotes agressivos de ações para atrair os principais especialistas em IA. A Meta também anunciou novas parcerias com universidades e centros de pesquisa para acelerar a inovação.
FONTE: reuters.com