Mais de 3 bilhões ainda estão fora da internet: exclusão digital pode custar até US$ 3,5 trilhões à economia global até 2030

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Em meio aos avanços acelerados da inteligência artificial e da transformação digital, uma realidade invisível ameaça comprometer a equidade e o crescimento sustentável no mundo: mais de 3 bilhões de pessoas seguem sem acesso à internet ou com conectividade extremamente limitada, de acordo com um relatório apresentado nesta semana em fórum global sobre governança da IA.

O dado foi divulgado paralelamente às discussões entre líderes mundiais sobre os rumos da inteligência artificial, revelando um abismo digital que impede bilhões de cidadãos de participar da nova economia digital. O impacto estimado da exclusão pode chegar a US$ 3,5 trilhões em perdas econômicas globais até 2030, caso não haja uma ação coordenada.

“É paradoxal falarmos sobre regulação da IA enquanto um terço da humanidade sequer está conectado à internet”, afirmou um dos especialistas presentes no encontro promovido pela ONU. O alerta reforça que a inovação, sem inclusão, aprofunda desigualdades históricas e geográficas.

Entre os grupos mais afetados estão comunidades rurais, povos tradicionais, regiões de conflito e populações com baixa renda, concentradas sobretudo na África, América Latina e Sudeste Asiático. Além da infraestrutura precária, os desafios envolvem acesso a dispositivos, letramento digital, políticas públicas e modelos de financiamento adequados.

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) defende que governos e setor privado invistam em infraestruturas digitais básicas, redes móveis de baixo custo, satélites comunitários e educação digital de base como estratégias para enfrentar o problema.

O alerta também tem repercussão direta no Brasil, onde ainda há milhões de brasileiros sem acesso pleno à internet de qualidade, especialmente em áreas rurais e comunidades periféricas. O debate sobre inclusão digital como direito fundamental ganha força como prioridade para políticas públicas nos próximos anos.

FONTE: reuters.com

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