INPE aposta em supercomputação para fortalecer soberania tecnológica e ampliar previsões climáticas no Brasil

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), deu início a uma nova era de processamento de dados científicos com a inauguração de infraestrutura de supercomputação de última geração. A medida tem como foco fortalecer a soberania tecnológica do país e impulsionar a capacidade de previsão de fenômenos climáticos e ambientais.

A nova estrutura, sediada no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), permitirá ao Brasil realizar simulações meteorológicas mais precisas, com maior velocidade e detalhamento. Isso será decisivo para monitorar eventos extremos como enchentes, secas prolongadas, queimadas e ondas de calor — cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas.

De acordo com a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, o investimento em supercomputação reforça o compromisso do governo com uma agenda científica autônoma e estratégica. “Trata-se de um salto tecnológico que amplia nossa capacidade de resposta frente às emergências climáticas e fortalece nossa posição em redes internacionais de pesquisa”, afirmou.

O projeto, financiado com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), integra também iniciativas de formação de especialistas, desenvolvimento de softwares científicos nacionais e apoio à pesquisa acadêmica. Segundo o INPE, a nova capacidade computacional pode reduzir o tempo de processamento de dados climáticos em até 70%, além de abrir caminhos para o uso em outras áreas, como modelagem ambiental, ciências espaciais e segurança nacional.

A modernização do parque tecnológico do INPE é vista como estratégica em um momento de crescente demanda por sistemas de monitoramento independentes, diante da instabilidade climática global e da disputa por recursos naturais.

FONTE: gov.br