Índia lidera adoção global de inteligência artificial entre países emergentes, aponta relatório internacional

A Índia se posiciona como o país emergente com maior ritmo de adoção de tecnologias de inteligência artificial (IA), superando economias desenvolvidas em velocidade de implementação e popularização de soluções baseadas em algoritmos e automação. A conclusão é de um relatório global divulgado nesta semana, que avaliou o avanço da IA em dezenas de nações, com foco em aprendizado de máquina, IA generativa e automação inteligente.

O estudo destaca que governos, empresas e startups indianas têm acelerado o uso da IA em setores como saúde, agricultura, educação e administração pública, promovendo eficiência e inclusão digital. Programas como o Digital India e o investimento em capacitação tecnológica estão entre os fatores que explicam a rápida transformação do ecossistema indiano.

Em paralelo ao crescimento, porém, o relatório alerta para um déficit crescente de profissionais qualificados para lidar com a nova realidade digital. A lacuna de competências técnicas e de formação em IA pode se tornar um gargalo para o desenvolvimento sustentável da tecnologia nos próximos anos.

“É uma corrida contra o tempo. A adoção está à frente da qualificação. Isso exige políticas urgentes de requalificação e inclusão digital”, afirma o analista Rahul Mehta, um dos responsáveis pelo estudo.

Apesar do desafio, a Índia já colhe os frutos do avanço tecnológico: o país se tornou polo exportador de soluções em IA e abriga hubs de inovação que atraem investimentos de gigantes globais como Google, Microsoft e Amazon.

Outros países emergentes, como Brasil, Indonésia e África do Sul, também apresentam crescimento na adoção da IA, embora em ritmos mais moderados. O relatório recomenda que esses países acompanhem o exemplo indiano, ampliando programas de educação digital, formação técnica e regulação ética da IA.

A tendência sugere uma reconfiguração da liderança tecnológica global, com países em desenvolvimento assumindo protagonismo na nova economia digital — desde que consigam superar seus desafios estruturais.

FONTE: timesofindia.indiatimes.com