A Fiocruz Brasília, em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, lançou a Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB), uma iniciativa que alia saberes tradicionais e inovação tecnológica com foco no cuidado coletivo e na promoção da saúde em territórios vulneráveis. O projeto foi anunciado nesta quarta-feira (5), durante as celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente.
A proposta é implementar hortos agroflorestais em comunidades urbanas e rurais como uma tecnologia social de baixo custo e alto impacto, voltada ao cultivo de plantas medicinais e alimentícias. Além de valorizar o conhecimento popular e a biodiversidade local, os hortos oferecem alternativas terapêuticas no Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecendo práticas integrativas e complementares.
Segundo a Fiocruz, a rede articula saúde, agroecologia, educação e economia solidária, estimulando a autonomia das comunidades na produção de insumos naturais, como fitoterápicos e alimentos orgânicos. As ações serão acompanhadas por técnicos, pesquisadores e lideranças locais, com foco na formação continuada e na troca de saberes.
A iniciativa está inserida no escopo do Programa Viva Saúde, que visa transformar territórios em espaços sustentáveis de vida, cuidado e convivência. Os primeiros hortos da RHAMB já estão sendo implantados em áreas de vulnerabilidade social do Distrito Federal, com previsão de expansão para outras regiões do país.
A Fiocruz destaca que os hortos agroflorestais não apenas fortalecem a saúde pública, mas também geram impacto ambiental positivo ao recuperar áreas degradadas e promover o uso sustentável dos recursos naturais. O projeto integra ciência, cidadania e sustentabilidade, reforçando a importância das tecnologias sociais como ferramentas para o desenvolvimento humano e ambiental.
FONTE: fiocruzbrasilia