Autoridades norte-americanas intensificaram o controle sobre a exportação de chips de inteligência artificial considerados sensíveis, adotando uma estratégia discreta: a instalação de rastreadores ocultos nas remessas enviadas ao exterior.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o objetivo é detectar possíveis desvios para países e entidades sob restrições comerciais, com destaque para a China, que tem enfrentado limitações severas na importação de semicondutores avançados por parte dos Estados Unidos. Esses componentes são essenciais para treinar modelos complexos de IA e manter competitividade tecnológica.
A medida, que não foi oficialmente confirmada pelo governo, faz parte de um pacote mais amplo de ações para proteger a propriedade intelectual e impedir que tecnologias estratégicas sejam utilizadas em aplicações militares adversárias. “O rastreamento fornece dados precisos sobre o destino final e o uso desses chips, fortalecendo a capacidade de resposta a violações de exportação”, afirmou uma fonte ligada ao processo.
Empresas exportadoras, embora compreendam as motivações de segurança nacional, expressam preocupação com possíveis impactos comerciais e com a necessidade de maior transparência sobre como as informações coletadas serão utilizadas.
Especialistas apontam que a ação reforça a disputa tecnológica entre Washington e Pequim, elevando a tensão em um cenário já marcado por tarifas, sanções e restrições regulatórias. Para analistas, trata-se de mais um capítulo da corrida global pela liderança na inteligência artificial, em que cada avanço tecnológico se torna um ativo estratégico de alto valor geopolítico.
FONTE: reuters.com