Uma operação conduzida pelo Serviço Secreto dos Estados Unidos desmontou uma das maiores redes clandestinas de telecomunicações dos últimos anos, composta por mais de 300 servidores de SIM cards e 100 mil chips de operadoras móveis. A estrutura, conhecida como “SIM farm”, era utilizada para atividades ilícitas como ameaças anônimas, fraudes digitais, ataques de negação de serviço (DDoS) e envio em massa de mensagens automatizadas.
O caso veio à tona após meses de investigação em conjunto com empresas de cibersegurança e órgãos federais. A descoberta chamou a atenção das autoridades por expor vulnerabilidades graves nas redes móveis, que podem ser exploradas por criminosos com relativa facilidade.
“Essa rede representava uma ameaça silenciosa, mas com potencial devastador, principalmente para sistemas críticos e plataformas de autenticação digital”, afirmou um porta-voz do Serviço Secreto em coletiva à imprensa.
As “SIM farms” operam a partir da instalação de centenas de chips em equipamentos especializados, permitindo a manipulação remota de ligações e mensagens como se fossem usuários legítimos. O modelo tem sido amplamente utilizado por grupos de cibercriminosos em golpes financeiros, clonagem de identidade e ataques automatizados a instituições públicas e privadas.
O desmantelamento da rede gerou preocupações entre operadoras de telefonia e órgãos de cibersegurança sobre a falta de mecanismos eficazes de detecção. Especialistas defendem a adoção de tecnologias de rastreabilidade, autenticação reforçada e bloqueios automatizados para prevenir o uso indevido de grandes volumes de chips em uma única localização.
“A existência de uma estrutura desse porte sem detecção por meses é um alerta vermelho para todo o setor de telecomunicações. É preciso rever protocolos de controle com urgência”, avaliou Maya Collins, analista em segurança cibernética.
As autoridades afirmaram que novas operações semelhantes estão em curso em outros países, e que o caso serve como um chamado global para o fortalecimento das infraestruturas móveis frente ao avanço do crime digital.
FONTE: technewsword.com