
A inteligência artificial (IA) deu um novo salto dentro do ambiente corporativo. Cada vez mais empresas estão adotando agentes de IA generativa, sistemas autônomos capazes de executar tarefas, tomar decisões e interagir com outros sistemas de forma independente, marcando uma nova fase da automação digital.
Ao contrário das soluções anteriores, os agentes inteligentes não apenas geram textos, imagens ou códigos — eles simulam a atuação de um colaborador digital, com capacidade de planejar etapas, buscar dados, executar comandos e adaptar comportamentos com base em metas pré-definidas.
Empresas de setores como logística, finanças, atendimento ao cliente e recursos humanos já utilizam esses agentes para agilizar processos repetitivos e estratégicos. Segundo relatório da consultoria Fujitsu, o uso corporativo de IA generativa aumentou mais de 60% em 2025, com destaque para países como Japão, Reino Unido, Alemanha e Brasil.
“Esses agentes são como assistentes executivos automatizados, que aprendem com dados e operam por conta própria dentro de sistemas empresariais complexos”, explica Yuri Akimoto, diretor de inovação da Fujitsu Global.
Casos práticos incluem desde a análise de contratos jurídicos em segundos, até o gerenciamento automático de estoques e a personalização de campanhas de marketing em tempo real. O retorno é percebido em redução de custos, velocidade nas decisões e maior eficiência operacional.
No entanto, a adoção em larga escala reacende discussões sobre segurança, transparência e impacto no emprego. Especialistas em ética digital alertam para a importância de definir limites, critérios de supervisão e políticas claras sobre o uso desses sistemas.
“A automação inteligente não é o fim do trabalho humano, mas uma reconfiguração profunda das funções. Precisaremos de novos perfis profissionais, com foco em supervisão, análise crítica e interpretação estratégica dos dados produzidos pela IA”, avalia a pesquisadora Carla Torres, do Centro de Estudos sobre Futuro do Trabalho da USP.
A expectativa é que até 2027, mais de 50% das grandes corporações no mundo tenham algum nível de operação conduzida por agentes de IA, segundo projeção da consultoria Gartner.
FONTE: global.fujitsu