
Um relatório recente divulgado pelo JPMorgan Chase revela que a corrida global por inteligência artificial (IA) está promovendo transformações profundas nas dinâmicas de poder internacional. A análise destaca que países como Estados Unidos e China lideram o desenvolvimento tecnológico, mas pressões geopolíticas, restrições comerciais e realinhamentos econômicos podem redesenhar esse cenário nos próximos anos.
O estudo, publicado em meio a tensões comerciais e tecnológicas entre potências, avalia que a IA se tornou o principal vetor de influência estratégica no século XXI, com impacto direto sobre cadeias produtivas, segurança nacional e mercados financeiros. O domínio de chips avançados, plataformas de dados e algoritmos proprietários está sendo tratado por governos como ativo geopolítico.
Enquanto os EUA seguem investindo em startups e infraestrutura computacional — com apoio maciço de empresas como NVIDIA, Microsoft e Google —, a China vem consolidando sua produção doméstica de semicondutores e acelerando projetos estatais de automação, ciberdefesa e vigilância baseada em IA.
Contudo, o relatório adverte que fatores como a escassez de talentos globais, o controle sobre exportações de chips e o impacto ambiental da computação de alto desempenho podem limitar a concentração de poder em poucos países. O JPMorgan aponta que o “boom da IA” de 2023–2025 pode dar lugar a um ciclo de desaceleração, caso não haja avanço sustentável em infraestrutura e regulação internacional.
A análise também ressalta que países em desenvolvimento correm o risco de ficar ainda mais dependentes tecnologicamente se não houver políticas nacionais de inovação e inclusão digital.
FONTE: axios.com