Corrida global por inteligência artificial intensifica investimentos bilionários em pesquisa e infraestrutura

A disputa pela liderança em inteligência artificial (IA) atingiu um novo patamar em 2025, com empresas de tecnologia alocando somas recordes em pesquisa, desenvolvimento e infraestrutura de dados. A Meta Platforms, por exemplo, já destinou cerca de US$ 60 bilhões em data centers e US$ 50 bilhões em P&D de IA, segundo relatório da Reuters.

O movimento reflete uma corrida armamentista tecnológica, impulsionada pelo avanço exponencial de modelos generativos, pela demanda crescente por chips de alta performance e pela pressão para manter competitividade frente a rivais como Google, OpenAI, Microsoft, Amazon e gigantes asiáticas como Alibaba e Huawei.

Especialistas apontam que a escalada de investimentos criou uma espécie de “espiral de pagamento” por talentos altamente qualificados e arquiteturas computacionais cada vez mais robustas. “Estamos vendo as maiores companhias do mundo reestruturando seu modelo de negócios em torno da IA, o que inclui controle sobre supply chains de chips, poder computacional e talentos acadêmicos”, analisa Linda Shapiro, consultora do setor.

A pressão por escala e desempenho também está acelerando o ritmo de fusões, aquisições e parcerias estratégicas, especialmente no campo da computação em nuvem, armazenamento de dados e segurança algorítmica.

Ao mesmo tempo, governos em todo o mundo começam a responder com planos nacionais de regulação, investimento público e incentivos fiscais — como nos Estados Unidos, com o plano de ação para IA anunciado nesta semana, e na União Europeia, com avanços no AI Act.

A tendência aponta para um cenário em que a capacidade de computação se torna tão estratégica quanto petróleo e minério de ferro, com efeitos diretos sobre diplomacia, defesa, educação e produtividade econômica.

FONTE: reuters.com