Empresas e governos intensificaram, neste segundo semestre de 2025, uma verdadeira corrida tecnológica global com impactos diretos na economia, no meio ambiente e na geopolítica. Os avanços são liderados por gigantes como Google, Amazon, Meta e BP, que se movimentam em áreas estratégicas como inteligência artificial (IA), infraestrutura em nuvem, transição energética e exploração offshore.
Em destaque, o chamado “trilhão digital” ganhou fôlego com a revelação de que as três maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos investiram, juntas, mais de US$ 1 trilhão na expansão de data centers e redes neurais generativas. A iniciativa visa consolidar o domínio sobre modelos de IA de larga escala, ao mesmo tempo em que enfrentam críticas de artistas e entidades de direitos autorais que denunciam o uso indevido de obras em treinamentos algorítmicos.
A pressão regulatória também avança: o Reino Unido anunciou em julho um novo conjunto de regras para plataformas digitais, com foco na proteção de crianças e no uso ético de sistemas de recomendação baseados em IA. Especialistas veem na medida um possível modelo para futuros marcos regulatórios internacionais.
No campo energético, a gigante BP (British Petroleum) surpreendeu o mercado ao anunciar a maior descoberta de petróleo e gás no Brasil em 25 anos, em águas profundas da Bacia Potiguar. A descoberta reforça o papel do Brasil como player estratégico na segurança energética global, ainda que reacenda debates ambientais sobre a exploração offshore e seus impactos ecológicos.
Já no setor de minerais estratégicos, a empresa Atlas Lithium completou o estudo de viabilidade do Projeto Neves, em Minas Gerais. A operação estima retorno de 145% e recuperação do investimento em apenas 11 meses, consolidando o país como polo emergente na cadeia de suprimentos da transição energética global — com destaque para o fornecimento de lítio a baterias de veículos elétricos.
Analistas avaliam que os movimentos simultâneos em tecnologia e energia indicam uma nova configuração de poder econômico, com implicações para segurança de dados, estabilidade climática e autonomia produtiva em regiões como América Latina, Sudeste Asiático e África.
FONTE: bloomberg.com