A inteligência artificial (IA) está rapidamente se consolidando como o maior motor de transformação econômica e social da atualidade, superando em impacto o que foi a revolução da internet nas últimas duas décadas. A afirmação é do CEO da Nvidia, Jensen Huang, um dos principais executivos do setor de semicondutores e IA, que previu que a tecnologia “criará mais milionários nos próximos cinco anos do que a internet fez em vinte”.
Durante participação em um fórum global de inovação realizado em Singapura, Huang destacou que a IA já não é mais uma promessa futura, mas sim uma realidade dominante. “Estamos entrando na era da computação acelerada, onde a IA se torna ferramenta de criação, estratégia e desenvolvimento pessoal. Cada empreendedor, cada estudante, cada governo tem agora acesso ao poder de construir soluções nunca antes imaginadas”, declarou.
Segundo ele, a disseminação da IA generativa — como assistentes inteligentes, tradutores contextuais, ferramentas de automação e criação de conteúdo — nivela o campo de atuação global, permitindo que países em desenvolvimento e pequenos empreendedores tenham acesso à mesma capacidade computacional que grandes corporações.
O otimismo do executivo reflete o momento atual do setor: em 2025, gigantes como Nvidia, Google, Microsoft, Meta e Amazon estão investindo, juntos, mais de US$ 400 bilhões em infraestrutura, chips e datacenters especializados em IA. A expectativa é que esse movimento acelere a criação de novos produtos, modelos de negócio e plataformas, redesenhando por completo a dinâmica da economia digital.
Contudo, especialistas alertam que o acesso massivo à IA também traz desafios éticos, regulatórios e ambientais. O consumo energético dos grandes modelos, os riscos de viés algorítmico e o uso indevido de conteúdo sintético estão no centro dos debates. Em paralelo, surgem propostas de cooperação internacional para regulação da IA, como o recém-proposto órgão global liderado pela China, e iniciativas de “IA aberta” como resposta aos monopólios tecnológicos.
A fala de Huang, considerada histórica por muitos analistas, marca um ponto de inflexão no entendimento sobre o papel da inteligência artificial: de inovação técnica à força econômica central do século XXI.
FONTE: timesofindia.indiatimes.com