O uso de robôs em procedimentos cirúrgicos ganha cada vez mais espaço nos hospitais brasileiros, combinando precisão tecnológica e menor tempo de recuperação para os pacientes. Atualmente, já são mais de 200 plataformas robóticas em operação no país, utilizadas principalmente em áreas como urologia, ginecologia e cirurgia geral.
A tecnologia tem se mostrado eficiente em reduzir sangramentos, minimizar o risco de infecções e encurtar o período de internação. Contudo, o avanço traz à tona questões complexas sobre responsabilidade médica e segurança jurídica.
Um caso emblemático ocorreu em 2019, quando um hospital paulista foi acusado de falhas na esterilização de um equipamento robótico, resultando em complicações para o paciente. O processo, julgado inicialmente pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, segue em tramitação nos tribunais superiores e evidencia a falta de jurisprudência consolidada para lidar com incidentes envolvendo robótica médica.
Especialistas defendem que, além de investimentos em capacitação e protocolos rigorosos de manutenção, é urgente atualizar a legislação para definir responsabilidades de forma clara entre médicos, fabricantes e instituições de saúde. “A robótica é uma aliada poderosa, mas a segurança do paciente deve permanecer como prioridade absoluta”, afirma um advogado especializado em direito médico.
Para autoridades do setor, o desafio está em equilibrar inovação e regulação, garantindo que o avanço tecnológico siga acompanhado de regras que protejam tanto os profissionais quanto os pacientes.
FONTE: medspace.com