
Em resposta ao cenário geopolítico cada vez mais competitivo e à pressão por autonomia tecnológica, o governo chinês está finalizando o 15º Plano Quinquenal, que terá como eixo central o investimento em indústrias de ponta como inteligência artificial, semicondutores, energia renovável e interfaces cérebro-máquina.
Segundo informações antecipadas por fontes próximas ao Partido Comunista Chinês, o plano prevê subsídios bilionários, programas de aceleração tecnológica e incentivo à formação de mão de obra especializada, numa tentativa de reduzir a dependência de tecnologias ocidentais — especialmente dos Estados Unidos — e elevar o país ao topo da cadeia global de inovação.
“Este plano marca a transição da China de uma economia movida por escala para uma movida por inovação”, afirma o documento preliminar obtido pelo Financial Times.
Além dos setores estratégicos, a proposta destaca a importância da soberania tecnológica e da digitalização avançada em áreas como agricultura, saúde, defesa e manufatura de precisão. O país também deve impulsionar projetos nacionais de computação quântica, biotecnologia e robótica autônoma.
Analistas avaliam que o novo plano quinquenal poderá intensificar a rivalidade tecnológica entre China e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que cria oportunidades para países emergentes se integrarem às cadeias globais via parcerias industriais e acadêmicas.
O plano completo deve ser apresentado durante o plenário do Partido em novembro, com vigência prevista para o período de 2026 a 2030.
FONTE: ft.com