BTG Pactual compra operação do HSBC no Uruguai por US$ 175 milhões e fortalece expansão internacional

O BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, anunciou nesta segunda-feira (28) a aquisição da operação do HSBC no Uruguai por US$ 175 milhões, marcando um novo passo em sua estratégia de internacionalização. A compra inclui os segmentos de varejo, corporate banking e gestão de fortunas (wealth management), com uma carteira de clientes de alta renda e presença consolidada no mercado uruguaio.

O negócio insere o BTG em uma praça estratégica do Cone Sul, ampliando sua atuação além do Brasil e reforçando sua presença no eixo financeiro sul-americano. A instituição já mantém operações robustas na Colômbia, Chile e Peru, e vinha sinalizando o interesse em ativos bancários em mercados considerados politicamente estáveis e fiscalmente previsíveis.

“A operação no Uruguai representa uma combinação de estabilidade institucional, perfil de clientes sofisticado e alto potencial de crescimento no segmento de serviços financeiros premium”, destacou Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, em comunicado oficial.

O HSBC, por sua vez, segue com seu processo global de reestruturação e foco em mercados asiáticos, encerrando ou reduzindo suas operações em países de menor escala estratégica. A venda da unidade uruguaia está em linha com esse reposicionamento, já anunciado nos últimos ciclos de balanço da instituição britânica.

A aquisição deve ser concluída até o fim de 2025, após aprovação dos órgãos reguladores no Uruguai e no Brasil. Analistas de mercado enxergam a movimentação como positiva para o BTG, que amplia seu acesso a clientes internacionais, diversifica riscos e reforça sua plataforma de private banking regional.

A notícia animou investidores: as ações do BTG subiram 1,8% na B3 nas primeiras horas após o anúncio. A expectativa é que o banco siga avançando sobre outros mercados da América Latina com foco em inovação tecnológica, digitalização de serviços financeiros e gestão de ativos internacionais.

FONTE: reuters.com