O Brasil formalizou nesta terça-feira (2) o pedido de adesão como país-membro da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O requerimento foi entregue na sede da organização, em Paris, e marca o início de um processo que deve aproximar o país das principais discussões globais sobre segurança energética e transição para fontes renováveis.
A decisão representa um passo estratégico para a política energética nacional, em linha com os esforços de ampliar a participação do Brasil em fóruns multilaterais e consolidar sua posição como líder regional na área. Atualmente, a IEA reúne 31 países-membros, incluindo Estados Unidos, Japão, Alemanha e Reino Unido.
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a adesão permitirá maior acesso a dados técnicos, pesquisas de ponta e boas práticas regulatórias, além de fortalecer a integração do Brasil a mecanismos internacionais de governança.
Especialistas avaliam que a entrada do país na agência também reforçará a credibilidade da matriz energética brasileira, uma das mais limpas do mundo, com cerca de 90% da eletricidade proveniente de fontes renováveis.
“O Brasil pode contribuir de forma significativa para a agenda global de energia, especialmente no campo dos biocombustíveis e da geração renovável. Ao mesmo tempo, ganha maior influência em decisões internacionais que afetam diretamente seu setor energético”, destacou a pesquisadora Ana Paula Gomes, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).
O processo de adesão envolve etapas de avaliação técnica e aprovação pelos membros atuais, e deve se estender pelos próximos meses.
FONTE: reuters.com