Bolsas globais sobem após anúncio bilionário da Apple e flexibilização tarifária de Trump

Os mercados financeiros globais encerraram o pregão desta quarta-feira (6) em alta, impulsionados por dois movimentos de forte impacto econômico: o anúncio de US$ 600 bilhões em investimentos pela Apple nos Estados Unidos e a decisão do governo Trump de manter exceções tarifárias para centenas de produtos importados, aliviando a tensão no comércio internacional.

Na Bolsa de Nova York, o índice Nasdaq — que concentra empresas de tecnologia — subiu 2,4%, enquanto o S&P 500 avançou 1,7%, ambos impulsionados por ações da Apple, Microsoft e Amazon. Em Londres, Frankfurt e Tóquio, os mercados também registraram ganhos entre 1% e 1,5%.

O otimismo foi alimentado pela sinalização de que o governo norte-americano, embora mantenha uma postura protecionista, optou por uma flexibilização parcial do tarifaço, excluindo cerca de 700 produtos estratégicos, como componentes eletrônicos, semicondutores e equipamentos industriais.

A Apple, por sua vez, deu novo fôlego ao setor tecnológico ao divulgar um pacote histórico de investimentos para os próximos quatro anos, dentro do programa “American Manufacturing Commitment”. O plano prevê expansão de fábricas, centros de dados, infraestrutura de IA e parcerias com universidades para formar profissionais em tecnologia avançada.

Segundo analistas de mercado, os anúncios em conjunto reforçam a confiança dos investidores na retomada industrial dos Estados Unidos e indicam um ambiente mais previsível para empresas com cadeias produtivas globais.

“O mercado reagiu como se tivesse recebido uma injeção dupla de otimismo: menos tarifas e mais investimentos. Isso reduz a aversão ao risco e estimula a retomada do apetite por ativos de tecnologia”, afirmou Daniel Weitzman, estrategista da Merrill Lynch.

Apesar do clima positivo, especialistas alertam que a guerra comercial entre EUA e China ainda está longe de ser resolvida e que as oscilações geopolíticas seguem como fator de risco para os mercados emergentes, incluindo o Brasil.

FONTE: reuters.com