
A empresa chinesa Autozi Internet Technology Global Ltd., listada na Nasdaq sob o ticker AZI, anunciou nesta terça-feira um acordo estratégico com a Wanshan International Trading Co., com o objetivo de lançar uma plataforma digital de cadeia de suprimentos em nuvem, voltada para o comércio exterior. A meta da parceria é atingir US$ 1 bilhão em vendas acumuladas nos próximos três anos.
A nova plataforma será desenvolvida com foco em logística inteligente, automação de processos e integração digital entre fornecedores globais, combinando inteligência artificial, blockchain e computação em nuvem para rastreamento de produtos e contratos de ponta a ponta.
Transformação digital no comércio internacional
Segundo executivos da Autozi, a plataforma pretende conectar empresas de diversos países com soluções logísticas transparentes, rápidas e escaláveis, reduzindo custos operacionais e prazos de entrega. “Acreditamos que o futuro da cadeia de suprimentos está na integração total, com visibilidade em tempo real e decisões baseadas em dados”, afirmou Zhang Wei, CEO da companhia.
O movimento reflete a corrida tecnológica por soluções globais no setor logístico, em resposta aos gargalos enfrentados após a pandemia e às demandas por eficiência nas exportações e importações, especialmente entre Ásia, América Latina e Europa.
Oportunidades e desafios para o Brasil
Embora o projeto seja asiático, especialistas alertam para os reflexos no mercado brasileiro. O país, grande exportador de commodities e produtos agroindustriais, poderá se beneficiar da plataforma como cliente, mas também enfrentará maior pressão por eficiência digital nas próprias operações logísticas.
“O Brasil precisa acelerar sua transformação digital na logística se quiser competir de igual para igual. Iniciativas como a da Autozi mostram que o futuro está nas plataformas integradas, não apenas na infraestrutura física”, avalia Tânia Mello, consultora em comércio exterior da FGV.
Além disso, empresas brasileiras de tecnologia com soluções para rastreabilidade, inteligência de dados e integração de sistemas poderão encontrar espaço para atuação como parceiras ou fornecedoras nesse novo ecossistema.
FONTE: stocktitan.net