Os profissionais da educação da rede estadual do Paraná marcaram para o dia 30 de agosto uma nova jornada de mobilização contra o que classificam como uma “escalada de ataques” por parte do governo Ratinho Junior. O ato principal está previsto para ocorrer em Curitiba, na tradicional Boca Maldita, a partir das 9h, com manifestações paralelas em diversas cidades do interior.
Organizado pela APP-Sindicato, o protesto tem como foco denunciar o desmonte de políticas públicas, a falta de diálogo com a categoria e o descumprimento da pauta de reivindicações entregue ao governo no início do ano. Entre os pontos criticados estão a terceirização de serviços, cortes no orçamento da educação, adoecimento dos trabalhadores e ausência de reajuste salarial.
“Estamos indo às ruas mais uma vez porque a realidade nas escolas está cada vez mais insustentável. Falta estrutura, faltam profissionais, e sobra desrespeito”, afirmou a presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, em nota oficial. A entidade também denuncia o avanço de projetos que visam à privatização de funções dentro das escolas públicas, como a gestão administrativa e os serviços de apoio.
A mobilização também contará com apoio de centrais sindicais, movimentos estudantis e lideranças comunitárias. Nos dias que antecedem o ato, a APP tem promovido assembleias regionais e visitas às escolas para mobilizar a base e esclarecer os objetivos da paralisação.
Impacto regional: Em cidades como Apucarana, Arapongas, Jandaia do Sul e municípios do Vale do Ivaí, a expectativa é de que servidores participem ativamente das manifestações, inclusive com caravanas rumo à capital. A paralisação poderá afetar o funcionamento de escolas estaduais, com suspensão parcial ou total das aulas no dia do protesto.
A APP-Sindicato reafirma que a luta é em defesa da escola pública, da valorização profissional e de condições dignas para ensinar e aprender.
FONTE: appsindicato.org.br