Senador critica qualidade da formação docente e desempenho de estudantes no Brasil

Educação5 hours ago

Durante sessão no Senado nesta semana, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) fez duras críticas ao atual modelo de formação de professores no Brasil e ao baixo desempenho dos estudantes da educação básica. Em seu discurso, o parlamentar afirmou que “70% dos jovens concluem o ensino médio sem dominar matemática e 60% saem sem pleno domínio da língua portuguesa”, dados que ele considera alarmantes.

Izalci direcionou parte das críticas à expansão do ensino a distância (EaD) para cursos de licenciatura, apontando que muitos docentes formados remotamente não têm a vivência prática necessária para atuar em sala de aula. “Não é possível formar professor só com apostila. Precisamos de formação com base na realidade escolar, com estágio efetivo, com vivência pedagógica de verdade”, destacou.

O senador também chamou atenção para a necessidade de reformular os currículos dos cursos de pedagogia e licenciaturas, defendendo que sejam mais conectados aos desafios concretos da educação pública brasileira. “Não adianta repetir que educação é prioridade se o professor continua sendo mal formado e desvalorizado”, criticou.

A fala repercutiu entre educadores, especialistas e entidades da área. Algumas organizações concordaram com a urgência de revisar a formação inicial docente, enquanto outras alertaram para o risco de demonização da modalidade EaD, que representa hoje uma das principais formas de acesso ao ensino superior para milhares de brasileiros.

O Ministério da Educação não se manifestou oficialmente sobre o discurso, mas já indicou em agendas recentes que trabalha em novas diretrizes curriculares para cursos de formação docente, além de medidas de regulamentação mais rígida para instituições que ofertam licenciaturas a distância.

A discussão deve seguir nos próximos meses com audiências públicas no Congresso, especialmente durante a tramitação de projetos voltados à revisão da Base Nacional da Formação de Professores.

FONTE: senado.leg

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