Em uma demonstração de unidade e resistência, profissionais da educação de todo o país organizam para esta terça-feira, 6 de agosto, um grande ato nacional em Brasília. A mobilização, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), marca o Dia Nacional da Educação e tem como principal pauta a defesa do piso salarial profissional nacional, além da valorização das condições de trabalho nas redes públicas.
A concentração ocorrerá em frente ao Ministério da Educação e reunirá professores, técnicos administrativos, estudantes e representantes de sindicatos de todos os estados brasileiros. Os manifestantes cobram a efetiva implementação do piso previsto na Lei 11.738/2008 e pressionam o Congresso Nacional pela aprovação do PL 2531/21, que trata do piso salarial para os profissionais técnicos da educação básica.
Além das reivindicações salariais, o movimento também exige a realização de concursos públicos, o combate à precarização por meio da terceirização e a retomada de políticas estruturantes de formação continuada para educadores.
“A valorização do magistério não pode ser só discurso. É preciso garantir salários dignos, estabilidade e condições de trabalho para que a escola pública cumpra seu papel social”, declarou Heleno Araújo, presidente da CNTE. Ele também criticou o congelamento de investimentos em educação nos últimos anos e alertou para a sobrecarga enfrentada por profissionais em contratos temporários.
A mobilização ocorre em um momento de reformulação da política educacional federal, com debates sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE) em curso no Congresso e a recente implementação da Prova Nacional Docente (PND), que vem sendo debatida como instrumento de ingresso na carreira, mas sem garantias de valorização profissional.
A expectativa dos organizadores é de que a manifestação reforce a pressão por uma agenda pública comprometida com a qualidade da educação e a dignidade do trabalho docente. A CNTE também planeja ações simultâneas em capitais e cidades-polo de todas as regiões do país.
FONTE: contee.org.br