O Ministério da Educação (MEC) instituiu nesta segunda-feira (14) as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, após aprovação pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). A reformulação curricular amplia a carga horária mínima para 3.600 horas e estabelece mudanças significativas, como a obrigatoriedade de pelo menos 40% de atividades em ateliês integradores de projeto.
As novas normas têm como objetivo alinhar a formação dos arquitetos e urbanistas às demandas contemporâneas da sociedade, priorizando competências práticas, pensamento projetual e responsabilidade socioambiental. Também reforçam a necessidade de preparar os estudantes para enfrentar desafios como crescimento urbano desordenado, sustentabilidade ambiental e inclusão social nos territórios.
A resolução prevê um prazo de dois anos para que as instituições de ensino superior públicas e privadas façam as adequações exigidas, incluindo revisão curricular, reorganização da carga horária e incorporação de metodologias mais ativas. A partir de 2027, todos os cursos deverão estar plenamente adaptados.
A nova estrutura curricular enfatiza ainda práticas interdisciplinares, articulação com políticas urbanas e conhecimento técnico aliado à inovação. Também serão valorizadas competências em legislação urbanística, acessibilidade, habitação de interesse social e tecnologias construtivas.
Para o presidente do CNE, Luiz Roberto Liza Curi, “essas diretrizes colocam o Brasil em sintonia com padrões internacionais de qualidade, ao mesmo tempo em que respeitam as especificidades do território e da realidade socioeconômica brasileira”.
As mudanças foram celebradas por entidades da área, como o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), que participou da construção das novas diretrizes. Em nota, o CAU/BR destacou que a reformulação “atualiza e valoriza o papel estratégico da arquitetura e do urbanismo na transformação das cidades e na promoção do bem-estar coletivo”.
FONTE: gov.br