
Em nova sinalização de compromisso com a ampliação do tempo de permanência dos alunos nas escolas públicas, o Ministério da Educação (MEC) reforçou nesta semana a meta de universalizar o ensino em tempo integral no Brasil até 2026. Atualmente, segundo dados da pasta, cerca de 90% dos municípios brasileiros já contam com ao menos uma escola de tempo integral, e o governo pretende ampliar ainda mais essa cobertura nos próximos dois anos.
Além do ensino integral, outra prioridade destacada pelo MEC é a ampliação da conectividade nas escolas públicas. A meta é ousada: garantir que 80% das unidades de ensino tenham acesso à internet com finalidade pedagógica até o fim de 2026. A ação busca promover equidade digital e fortalecer o uso da tecnologia em sala de aula, tanto em áreas urbanas quanto em regiões remotas.
“Não basta oferecer mais horas de aula — é preciso garantir qualidade, estrutura e acesso à tecnologia. O tempo integral é uma das estratégias mais eficazes para reduzir desigualdades educacionais e melhorar o desempenho dos estudantes”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana.
A política de expansão do tempo integral vem sendo tratada como prioritária dentro do novo Plano Nacional de Educação (PNE) e tem recebido apoio financeiro do governo federal por meio do Programa Escola em Tempo Integral, que oferece recursos para estados e municípios ampliarem sua rede.
A expectativa é que, com o reforço dessa política, o Brasil consiga melhorar seus indicadores de aprendizagem, reduzir taxas de evasão escolar e oferecer uma formação mais ampla aos alunos, incluindo atividades culturais, esportivas e de reforço pedagógico.
Especialistas apontam que o desafio agora está na infraestrutura física, na formação de professores e na gestão escolar, pontos considerados cruciais para a consolidação do modelo. Mesmo assim, o MEC avalia que a adesão de redes estaduais e municipais à proposta é crescente e indica um novo ciclo para a educação básica brasileira.
FONTE: extraclasse.org.br