O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta segunda-feira o programa “Na Ponta do Lápis”, uma iniciativa nacional que busca inserir conteúdos de educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária no currículo da educação básica, com foco especial nos alunos beneficiários do programa Pé-de-Meia.
A nova política educacional será implementada de forma articulada com os estados e municípios e visa desenvolver competências práticas para a tomada de decisões conscientes em relação ao uso do dinheiro, ao planejamento de vida e à cidadania fiscal. A medida integra o esforço do governo federal para fortalecer o ensino de habilidades de vida e preparar os jovens para os desafios econômicos e sociais do século XXI.
De acordo com o MEC, o “Na Ponta do Lápis” será estruturado em cinco eixos: formação de professores, produção de materiais pedagógicos, integração ao currículo escolar, avaliação de impacto e acompanhamento de estudantes. A política também terá apoio técnico e financeiro da União para que estados e municípios possam adaptar suas propostas pedagógicas e capacitar as redes locais.
O programa será lançado inicialmente em escolas que atendem alunos do ensino médio público e, posteriormente, será ampliado para os anos finais do ensino fundamental. A iniciativa tem como base documentos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os marcos regulatórios da educação para a vida financeira do Banco Central do Brasil.
“A educação financeira é uma competência essencial para a cidadania e o desenvolvimento humano. Com o ‘Na Ponta do Lápis’, queremos garantir que os nossos jovens estejam mais preparados para fazer escolhas conscientes em suas vidas pessoais e profissionais”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana.
Especialistas da área financeira e educacional elogiaram a iniciativa, destacando que o Brasil ainda carece de políticas sistemáticas nessa área. Pesquisas recentes mostram que apenas 27% dos estudantes brasileiros do ensino médio afirmam ter recebido algum conteúdo sobre finanças pessoais durante a escolaridade.
FONTE: gov.br