
O Governo Federal anunciou nesta semana a segunda edição da Estratégia Brasileira de Educação Midiática, com foco no fortalecimento de competências como leitura crítica de mídias, uso responsável da tecnologia e formação docente especializada. A iniciativa foi apresentada durante a Semana Global de Alfabetização Midiática da UNESCO, na qual o Brasil foi destaque por seus avanços na área.
A nova versão da estratégia amplia as diretrizes lançadas em 2023 e tem como objetivo preparar estudantes e educadores para lidar com o ambiente digital de forma crítica, ética e segura. A proposta é transversal, alcançando diferentes etapas e modalidades de ensino, com o apoio de materiais didáticos, programas de formação continuada e integração curricular.
“A alfabetização midiática é um pilar essencial da educação do século XXI. É uma forma de garantir que nossos jovens não apenas consumam, mas compreendam e questionem o conteúdo que circula nas redes”, afirmou o secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant.
Entre os principais eixos da estratégia estão o combate à desinformação, o estímulo à produção de conteúdo crítico e a promoção da cidadania digital. O plano prevê também parcerias com estados e municípios para apoio técnico e formativo na implementação das ações.
O Ministério da Educação e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) coordenam a execução, em conjunto com universidades, ONGs e organismos internacionais.
Com a expansão da estratégia, redes públicas e privadas de ensino devem revisar seus currículos para incluir práticas de educação midiática em sala de aula, o que exigirá formação específica para professores e gestores. A expectativa é que os resultados comecem a ser percebidos já em 2026, com maior engajamento estudantil, redução da vulnerabilidade à desinformação e fortalecimento do pensamento crítico.
No interior do país, especialmente em estados como o Paraná, a estratégia abre espaço para iniciativas locais de inovação educacional. Cidades como Apucarana, Arapongas e Jandaia do Sul poderão adaptar e incorporar projetos de mídia escolar, oficinas de leitura crítica e ações interdisciplinares.