Especialistas, educadores e representantes do setor público e privado se reuniram nesta terça-feira em Fortaleza para discutir os impactos e as potencialidades da Inteligência Artificial (IA) no sistema educacional brasileiro. O encontro integra a programação do Fórum O Otimista Brasil, promovido pelo Grupo Otimista, que reúne lideranças nacionais para debater inovação, tecnologia e desenvolvimento sustentável.
O painel dedicado à educação abordou desde o uso de plataformas automatizadas em sala de aula até os desafios éticos do uso de algoritmos na avaliação de desempenho escolar e personalização do ensino. Participaram nomes de destaque como a pesquisadora Lúcia Dellagnelo (CIEB), o secretário da Educação do Ceará, Elcio Batista, e executivos de edtechs brasileiras.
“A IA já não é mais futuro; ela é presente na educação. Precisamos urgentemente de regulamentação, formação docente e debates públicos para que o uso dessa tecnologia beneficie a todos, sem aumentar as desigualdades”, afirmou Dellagnelo.
O evento destacou também experiências bem-sucedidas de escolas públicas que vêm utilizando recursos de IA para monitorar aprendizagem, identificar lacunas de conteúdo e propor trilhas personalizadas de estudos — sempre sob supervisão pedagógica humana. Por outro lado, alertas foram feitos sobre riscos como vigilância excessiva, exclusão digital e decisões automatizadas sem transparência.
Reflexo nacional e regional: O debate é especialmente relevante para redes de ensino em expansão tecnológica, como ocorre em diversas cidades do Paraná, incluindo municípios do Vale do Ivaí. A ausência de diretrizes claras sobre o uso de IA nas escolas públicas foi um ponto unânime entre os participantes, que defenderam um marco legal que priorize o bem-estar e o direito à educação equitativa.
Contexto FAPNews: O Fórum reforça que a discussão sobre IA na educação precisa ir além da tecnologia em si e focar na mediação humana, ética e pedagógica. A construção de políticas públicas será essencial para garantir que a inovação reduza desigualdades, e não as aprofunde.
FONTE: ootimista.com.br