O avanço da inteligência artificial no cotidiano escolar tem gerado preocupações sobre seus efeitos na formação dos alunos. O escritor e crítico literário Sérgio Rodrigues afirmou que o uso indiscriminado dessas ferramentas pode levar a uma perda gradual da capacidade de escrita autônoma.
Segundo Rodrigues, a tendência de terceirizar desde tarefas simples, como listas de compras, até atividades complexas, como redações escolares, pode resultar em um retrocesso intelectual e civilizacional. Ele defende que a escrita é um dos principais instrumentos de pensamento crítico e que delegá-la a sistemas automatizados compromete o processo de aprendizado.
Especialistas em educação reforçam o alerta. Embora reconheçam o potencial da IA para auxiliar em pesquisas e organização de informações, avaliam que o uso excessivo pode gerar uma dependência tecnológica que enfraquece habilidades cognitivas fundamentais.
No Brasil, o tema já mobiliza gestores e professores. Escolas começam a discutir formas de regular o uso da IA em sala de aula, equilibrando inovação com a preservação do aprendizado tradicional da leitura e da escrita.
Para Rodrigues, o desafio está em estabelecer limites pedagógicos claros: “Se deixarmos a inteligência artificial escrever por nós, corremos o risco de esquecer como se faz”, disse o autor.
FONTE: agenciabrasil.com