Educação de Jovens e Adultos enfrenta retração e preocupa especialistas

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A Educação de Jovens e Adultos (EJA) vive um momento de retração no Brasil, segundo dados divulgados nesta semana por um estudo da Fundação Roberto Marinho em parceria com o Itaú Educação e Trabalho. O levantamento aponta que, em 2024, o país registrou cerca de 2,4 milhões de matrículas na modalidade, uma queda contínua desde 2007.

A situação é ainda mais preocupante quando se observa a distribuição territorial: mais de mil municípios brasileiros não possuem sequer uma turma ativa de EJA, dificultando o acesso à educação para milhões de brasileiros que não concluíram os estudos na idade apropriada.

Especialistas ouvidos pela pesquisa atribuem o fenômeno a diversos fatores, entre eles a falta de políticas públicas específicas, a baixa atratividade dos currículos, e a necessidade de flexibilizar o ensino para se adequar à rotina de trabalho dos adultos e idosos.

“Não estamos falando apenas de números, mas de trajetórias interrompidas e de cidadãos privados do direito básico à educação”, destaca a pedagoga Marta Rocha, coordenadora de projetos da Fundação Roberto Marinho.

Atualmente, a EJA representa uma importante porta de acesso à qualificação profissional e à cidadania plena. No entanto, sem ações estruturadas e estratégias de incentivo à permanência dos alunos, o programa corre o risco de perder ainda mais espaço nos próximos anos.

A Fundação e os parceiros do estudo recomendam investimentos em formatos híbridos, ações de busca ativa e a criação de parcerias com o setor produtivo para garantir relevância e sustentabilidade ao programa.

FONTE: cbn.globo.com.br

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