Contratos temporários ainda predominam entre professores no Brasil, revela pesquisa internacional

Educação18 hours ago

A instabilidade contratual no magistério brasileiro voltou ao centro do debate educacional com a divulgação dos dados da pesquisa TALIS 2024, coordenada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o levantamento, apenas 64% dos professores brasileiros atuam sob contratos permanentes, enquanto a média nos países da OCDE é de 81%.

O índice revela a alta dependência de vínculos temporários nas redes de ensino do Brasil — realidade que afeta diretamente a continuidade do trabalho pedagógico e a valorização da carreira docente. Em muitos estados e municípios, a contratação de professores temporários tem se tornado uma prática recorrente para suprir lacunas, apesar das críticas sobre a precariedade desses vínculos.

Especialistas apontam que a rotatividade constante prejudica tanto o planejamento das escolas quanto a construção de vínculos entre professores, alunos e comunidades. A falta de estabilidade também tem impacto na saúde mental dos educadores e dificulta a participação deles em processos formativos de longo prazo.

A pesquisa TALIS ouviu professores e gestores escolares do ensino fundamental em diversos países, abordando questões relacionadas à valorização profissional, ambiente de trabalho e condições de ensino. No Brasil, os dados reforçam a urgência de políticas públicas que promovam a efetivação e a carreira de Estado para docentes.

O Ministério da Educação ainda não se manifestou oficialmente sobre os dados, mas fontes da pasta indicam que reformas no Plano Nacional de Formação de Professores e diretrizes para concursos públicos estão em análise para reduzir a informalidade no setor.

FONTE: agenciabrasil.com

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