Avanços e desafios marcam o cenário nacional da educação em 2025

Em meio a um ano de reformas estruturais e novos investimentos, o setor educacional brasileiro vive um momento de reavaliação. As políticas implementadas pelo Ministério da Educação nos últimos meses, como o Compromisso Nacional pela Qualidade e Equidade na Educação Infantil e o Programa Pé-de-Meia, apontam um esforço concentrado para reduzir desigualdades e garantir o acesso e permanência dos estudantes nas escolas.

Entretanto, os números mais recentes revelam que metas fundamentais ainda não foram atingidas. O índice de alfabetização das crianças ao final do 2º ano do ensino fundamental atingiu 59,2% — avanço em relação ao ano anterior, mas ainda aquém do objetivo nacional de 60%. O dado expõe os limites das estratégias vigentes e reforça a necessidade de ações mais consistentes na base do ensino.

Além disso, a recém-sancionada Política Nacional de Ensino Médio — reformulada em julho de 2024 após críticas ao Novo Ensino Médio — ainda enfrenta resistência e dúvidas sobre sua implementação. A proposta visa ampliar a atratividade curricular e reduzir a evasão, porém especialistas alertam para a falta de infraestrutura e formação docente compatíveis com as novas exigências.

A valorização dos profissionais da educação também permanece como um dos grandes desafios. Embora o governo tenha lançado a Prova Nacional Docente, com a primeira edição prevista para outubro, a categoria segue reivindicando melhores condições de trabalho, reajustes salariais e políticas de formação continuada.

Segundo analistas, o êxito das reformas dependerá de uma combinação de fatores: financiamento contínuo, cooperação entre União, estados e municípios, e fiscalização da execução das políticas nos territórios. Sem esse tripé, há o risco de os programas ficarem limitados à formalidade.