Assembleia Legislativa do Paraná debate regulamentação da Inteligência Artificial nas escolas públicas

Educação2 weeks ago

Com a crescente presença da tecnologia no ambiente educacional, a Assembleia Legislativa do Paraná promoveu, nesta segunda-feira (25), uma audiência pública para discutir o uso da Inteligência Artificial (IA) nas escolas estaduais. O encontro reuniu professores, estudantes, pesquisadores e representantes de entidades educacionais, que alertaram para a ausência de regulamentação e os riscos do uso indiscriminado dessas ferramentas.

A audiência foi convocada pela deputada estadual Ana Júlia (PT), que defendeu a criação de uma política pública específica para o tema. “A IA já está dentro das salas de aula, e a escola pública não pode ser um espaço de experimentação sem critérios. Precisamos proteger os estudantes e garantir que os professores estejam preparados”, afirmou a parlamentar.

Entre os pontos discutidos, destacaram-se as implicações éticas do uso de algoritmos, o impacto na autonomia pedagógica dos docentes e a importância da formação continuada para lidar com essas novas tecnologias. Representantes da APP-Sindicato reforçaram que a adoção de ferramentas de IA precisa vir acompanhada de investimento, debate democrático e diretrizes claras para não comprometer a qualidade do ensino.

A ausência de normativas também preocupa especialistas em educação. Segundo o professor José Artur da UFPR, “há riscos reais de substituição de processos pedagógicos por soluções automatizadas, sem a mediação crítica do professor, o que pode reforçar desigualdades e limitar o desenvolvimento do pensamento crítico”.

A audiência termina com o compromisso de apresentar um projeto de lei estadual sobre o tema ainda neste semestre. Enquanto isso, a comunidade escolar é convidada a participar das próximas etapas de discussão.

Contexto FAPNews: Esta é uma pauta de grande relevância para o Paraná e, especialmente, para municípios da região do Vale do Ivaí. O uso consciente da tecnologia na educação pode ser um diferencial, desde que orientado por políticas públicas que coloquem o bem-estar e o aprendizado dos alunos em primeiro plano.

FONTE: assembleia.pr.leg.br

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