A direção estadual da APP-Sindicato se reuniu nesta semana com representantes da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) para cobrar respostas concretas sobre o cumprimento da pauta salarial e a valorização dos profissionais da educação. A reunião, considerada tensa por participantes, evidenciou o impasse entre o governo e a categoria quanto a demandas históricas que envolvem remuneração, carreira e condições de trabalho.
Entre os principais pontos apresentados pela entidade sindical estão o reajuste salarial defasado, a ampliação de concursos públicos, o fim das terceirizações, a recomposição da hora-atividade e a melhoria da infraestrutura escolar. Segundo a APP, o governo tem demonstrado resistência em avançar com propostas efetivas, o que tem gerado indignação entre professores e funcionários da rede estadual.
“Estamos há anos esperando que o governo cumpra compromissos básicos com a educação. O que vemos é uma política de descaso e negligência com os trabalhadores e com os estudantes”, afirmou a presidenta da APP, Walkiria Mazeto, ao fim da reunião.
A Seed, por sua vez, limitou-se a dizer que está “avaliando tecnicamente as demandas” e prometeu uma nova rodada de diálogo ainda neste semestre. No entanto, a ausência de prazos concretos e de propostas financeiras frustrou os representantes da categoria.
Mobilização crescente: A reunião ocorre em meio à preparação para o ato estadual marcado para o próximo dia 30 de agosto, quando servidores devem ocupar as ruas de Curitiba e outras cidades do interior para protestar contra a política educacional do governo Ratinho Junior. A APP-Sindicato prevê adesão significativa à mobilização, incluindo paralisações em escolas da rede estadual.
Contexto FAPNews: A tensão entre os profissionais da educação e o governo estadual tem se agravado nos últimos meses, com reflexos diretos no ambiente escolar, especialmente em municípios do interior como Apucarana, Arapongas, Jandaia do Sul e outras cidades do Vale do Ivaí. A resolução ou o agravamento do impasse pode impactar o segundo semestre letivo em toda a rede.
FONTE: appsindicato.org.br