
A nova edição do Anuário Brasileiro da Educação Básica, divulgada nesta semana pelo movimento Todos Pela Educação em parceria com a Editora Moderna, traça um retrato abrangente e atualizado do sistema educacional brasileiro. O relatório mostra que, embora o país tenha registrado avanços em acesso à escola e qualificação docente, persistem desigualdades regionais profundas e baixos índices de aprendizagem.
Entre os pontos positivos, o anuário destaca o aumento da escolarização média da população de 18 a 29 anos, que passou de 11,6 para 11,9 anos em média, e a queda no índice de analfabetismo funcional na faixa etária de 15 a 64 anos. A proporção de professores com formação adequada também avançou, principalmente nos anos finais do ensino fundamental.
Por outro lado, os dados apontam queda expressiva na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que encolheu 34,5% na última década, e déficits preocupantes em infraestrutura escolar, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Escolas sem bibliotecas, laboratórios ou acesso à internet continuam sendo realidade para milhões de estudantes.
A aprendizagem também segue como um ponto crítico. Avaliações mostram que mais da metade dos alunos brasileiros do 5º e 9º anos não atingem níveis adequados em português e matemática, com índices ainda piores no ensino médio. O relatório sugere que a expansão do acesso não tem sido acompanhada por melhorias consistentes na qualidade do ensino.
“O Brasil avançou, mas de forma desigual e insuficiente. A educação precisa ser tratada como prioridade nacional com metas claras, investimentos sustentáveis e gestão eficaz”, afirmou Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação, durante o lançamento do relatório.
O anuário de 2025 serve como ferramenta estratégica para gestores públicos e educadores, oferecendo dados detalhados para orientar políticas mais eficientes, inclusivas e baseadas em evidências.
FONTE: todospelaeducacao.org.br