O mercado financeiro brasileiro viveu uma terça-feira (19) de forte instabilidade. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou o dia em queda de 2,1%, resultado diretamente ligado às incertezas políticas que cercam o país e ao impacto das decisões judiciais e diplomáticas recentes.
O setor bancário foi o mais atingido. Grandes instituições financeiras, que compõem parcela significativa do índice, registraram perdas expressivas ao longo do pregão. A pressão veio após novos desdobramentos relacionados à lei Magnitsky, que impõe sanções internacionais, e de decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), fatores que aumentaram a percepção de risco entre investidores estrangeiros.
De acordo com analistas, a queda reflete não apenas o cenário político, mas também a sensibilidade do mercado às incertezas fiscais e às tensões com os Estados Unidos. “O investidor estrangeiro reage rapidamente a sinais de instabilidade institucional. Isso explica a intensidade da fuga de capital registrada ontem”, avalia um economista ouvido pela reportagem.
A oscilação do Ibovespa evidencia como a interdependência entre política e economia segue sendo determinante para o desempenho dos mercados no Brasil. Enquanto o governo tenta transmitir confiança e assegurar estabilidade, operadores de mercado permanecem atentos a cada novo capítulo da crise política.
Com o dólar em alta e juros já elevados, a queda da Bolsa acende alerta sobre a necessidade de medidas que reduzam a insegurança jurídica e fiscal, capazes de restabelecer o apetite do investidor e devolver previsibilidade ao ambiente de negócios.
FONTE: infomoney.com