Previsão de inflação recua para 4,46% e volta ao intervalo da meta estabelecida pelo Banco Central

A projeção do mercado financeiro para a inflação oficial de 2025 foi revisada para baixo, caindo de 4,55% para 4,46%, segundo dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. Com a nova estimativa, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) volta a se situar dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação, fixado em 3% com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, entre 1,5% e 4,5%.

Essa é a primeira vez no ano que a previsão fica abaixo do teto da meta, representando um alívio parcial para o governo federal, que vinha enfrentando pressões sobre o custo de vida e o impacto nos juros básicos da economia.

Impacto na política monetária e no consumo
O recuo na expectativa inflacionária pode influenciar diretamente as próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que analisa manter ou cortar a taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano. Com a inflação mais controlada, o Banco Central pode ter espaço para novos cortes nos juros, o que tende a baratear o crédito e impulsionar setores como construção civil, varejo e agricultura.

Para os consumidores, a notícia também traz fôlego. A expectativa menor de inflação significa, na prática, que os preços dos alimentos, combustíveis e serviços podem subir com menor intensidade — um fator essencial especialmente para famílias de renda média e baixa.

Crescimento econômico segue tímido
Apesar do otimismo moderado com a inflação, o mesmo boletim aponta que a previsão de crescimento do PIB para 2025 se mantém em 2,16%, indicando um ritmo ainda fraco de recuperação econômica. Especialistas alertam que, para garantir um ciclo sustentável de crescimento com inflação controlada, será necessário ampliar investimentos públicos e privados, além de garantir estabilidade fiscal.

Reflexos no Paraná e regiões do interior
Estados com forte participação no agronegócio e exportação, como o Paraná, podem ser beneficiados com a possível redução de juros, o que tende a baratear o crédito rural e aumentar a rentabilidade dos produtores. Ao mesmo tempo, o controle da inflação ajuda a preservar o poder de compra das famílias em cidades médias e pequenas — como Apucarana, Arapongas e Jandaia do Sul.

FONTE: agenciabrasil.com