Preços do petróleo oscilam diante de tensões geopolíticas e expectativa de cessar-fogo na Ucrânia

Economia1 week ago

O mercado internacional de petróleo vive dias de oscilação diante das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia e da expectativa sobre os próximos passos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Após semanas de instabilidade, os preços do barril têm se mantido voláteis, com investidores reagindo tanto a possíveis desdobramentos diplomáticos quanto a ajustes na produção global.

Na última semana, o barril do Brent – referência para o mercado internacional – recuou para a faixa de US$ 78 a US$ 80, com variações diárias marcadas por incertezas. A queda parcial foi atribuída à especulação sobre um eventual cessar-fogo na guerra da Ucrânia, que abriria espaço para liberação gradual da oferta de petróleo russo atualmente afetada por sanções.

Ao mesmo tempo, fontes ligadas à Opep indicam que o cartel pode manter os cortes de produção vigentes até o fim do primeiro trimestre de 2026, em tentativa de conter quedas mais acentuadas nos preços e proteger a estabilidade do mercado. A decisão oficial deve ser anunciada na próxima reunião da entidade, marcada para dezembro, em Viena.

Commodities agrícolas e minerais também vêm reagindo ao clima geopolítico. O trigo e o milho registraram leve recuo nas bolsas de Chicago e Londres, refletindo expectativas de reabertura de rotas de exportação no Mar Negro. Já o alumínio e o níquel mantiveram tendência de alta, impulsionados por incertezas logísticas e demanda aquecida da Ásia.

“O mercado está altamente sensível a qualquer movimento diplomático que envolva Rússia, Ucrânia e Europa. A expectativa de paz gera alívio imediato nos preços, mas o ambiente ainda é volátil”, explica Naomi Richter, analista da London Energy Watch.

Analistas alertam que mesmo um cessar-fogo não garantiria estabilização imediata dos mercados, já que a reintegração de fluxos russos ao sistema internacional depende de acordos complexos e possível suspensão de sanções. Até lá, o cenário segue incerto — com impacto direto nos custos de energia, transporte e alimentos no mundo todo.

FONTE: reuters.com

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