PIB do Brasil cresce 0,2% no 3º trimestre e confirma desaceleração da economia em 2025

Economia1 week ago

A economia brasileira registrou crescimento de 0,2% no terceiro trimestre de 2025, segundo projeções de mercado divulgadas nesta semana. O dado confirma o ritmo moderado de recuperação econômica e indica uma desaceleração em relação ao segundo trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) havia avançado 0,4%.

O resultado frustrou parte das expectativas e reflete uma combinação de fatores: queda da atividade agrícola, após um primeiro semestre mais aquecido, e desempenho abaixo do esperado na indústria, pressionada por custos elevados de crédito e demanda interna enfraquecida.

“A desaceleração já era esperada diante do ciclo de aperto monetário prolongado. O impacto sobre a indústria e os investimentos é claro”, avaliou a economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, em entrevista à Reuters.

O setor de serviços segue como o principal motor da economia, sustentado por consumo doméstico e atividades ligadas a turismo, tecnologia e logística. Ainda assim, a expansão do setor foi insuficiente para impulsionar um crescimento mais robusto no consolidado do trimestre.

Apesar do resultado positivo — o sexto trimestre seguido de alta —, analistas alertam que o ritmo de expansão da economia brasileira é lento e pode dificultar a geração de empregos e o aumento da renda em 2026. O Ministério da Fazenda já reduziu a projeção oficial de crescimento para o ano de 2,2%.

Em paralelo, o Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, reforçando o discurso de cautela diante da inflação ainda acima da meta. A política monetária restritiva tem sido apontada como um dos principais freios ao crescimento econômico, especialmente sobre o crédito ao consumo e ao investimento produtivo.

O cenário para os próximos meses dependerá de variáveis como o comportamento da inflação, a política fiscal do governo federal e o desempenho das exportações — especialmente do agronegócio, que deve voltar a ganhar força no último trimestre do ano.

FONTE: reuters.com

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